Estamos próximos de saber quem irá ser o próximo Presidente da República Portuguesa.
Cavaco Silva parte para o terreno com um escudo protector denominado por estabilidade, experiência e conhecimento pelo futuro de Portugal.
O «Jackpot» saiu a Cavaco no dia em que o Bloco de Esquerda decide dar o apoio oficial a Manuel Alegre mesmo antes do PS decidir qual seria o seu candidato.
Só se consegue chegar ao poder quando existe um espírito de união, e é desta forma que a direita está a trabalhar para uma vitória presidencial em Janeiro.
Manuel Alegre prepara-se para percorrer um caminho inglório e penoso.
Quando há 5 anos atrás, a sua candidatura era reconhecida pela liberdade de pensamento, igualdade e solidariedade surge agora com uma candidatura demasiado colada à extrema-esquerda e com um apoio muito tímido do Partido Socialista.
A tarefa não irá ser fácil de gerir tendo em conta a diferença abismal entre os dois partidos seus apoiantes.
Como é sabido para ganhar as eleições é necessário captar o eleitorado ao centro e convencer a opinião dos mais indecisos. O apoio do BE irá promover o afastamento o eleitorado do centro.
Cavaco consegue, assim, convencer toda a direita e parte do partido socialista.
Nesta medida, penso que Cavaco Silva irá vencer as eleições logo na primeira volta, com uma margem folgada acima dos 65 %.
Quanto aos restantes candidatos, a sua importância poderia ser redobrada no caso de Cavaco Silva não ganhar a primeira volta.
Contudo os seus futuros não aparecem muito risonhos.
Francisco Lopes, o candidato do PCP não alcança mais de 1 % dos votos.
Fernando Nobre começou mal com o caso das rendas em atraso, situação que poder-se-á tornar bastante incomoda para a sua candidatura.
O peso de Defensor Moura é residual assim como os restantes candidatos que venham aparecer para o fecho das contas finais.
Perante os factos, a passadeira vermelha está estendida ao actual Presidente da República que de forma inédita sem propaganda política irá ganhar as eleições para mais um mandato Presidencial.
Resta-nos saber como irá ser o próximo mandato…
O facto de não estar condicionado para futuras eleições poderá fazer com que o Presidente seja mais interventivo ou, pelo contrário, poderá continuar apenas a lançar avisos a navegação.
Uma certeza podemos ter, Cavaco não se deixa pressionar e ao jurar a Constituição prometerá seguir a risca o seu papel. Papel, esse, que muitas vezes revela-se decisivo para encontrar a estabilidade do país.